sábado, 24 de abril de 2010

"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão"... "´perdemos a altura, puxaram o tapete voador"



Não me olhe, não!

Com esses olhos de quem vai embora.

No passo de agora vamos até de manhã

Assim, com medo do mundo lá fora.

E a gente sem jeito, se amando por medo.

Por deus!

que exista outra hora!

A hora de agora é só p’ra nós dois!

Não me olhe, não,

Como quem diz “eu te amo agora!”

Não podemos amar, pois o mundo lá fora

Odeia a nossa paixão de ocasião.

Nos amamos aqui agora. E depois, nunca mais.

Nós amamos aqui. Nessa hora não somos como os demais:

Amantes de todos os dias

Amantes como queriam.

Errados amantes banais!

Nós amamos a chuva lá fora,

Pois depois nunca mais.

Odiamos o mundo que nos odeia.

Nos rodeiam os normais.

E por hoje é só, até logo

Ouça os gritos lá fora:

Malditos amantes banais!

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