Não me olhe, não!
Com esses olhos de quem vai embora.
No passo de agora vamos até de manhã
Assim, com medo do mundo lá fora.
E a gente sem jeito, se amando por medo.
Por deus!
que exista outra hora!
A hora de agora é só p’ra nós dois!
Não me olhe, não,
Como quem diz “eu te amo agora!”
Não podemos amar, pois o mundo lá fora
Odeia a nossa paixão de ocasião.
Nos amamos aqui agora. E depois, nunca mais.
Nós amamos aqui. Nessa hora não somos como os demais:
Amantes de todos os dias
Amantes como queriam.
Errados amantes banais!
Nós amamos a chuva lá fora,
Pois depois nunca mais.
Odiamos o mundo que nos odeia.
Nos rodeiam os normais.
E por hoje é só, até logo
Ouça os gritos lá fora:
Malditos amantes banais!
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