domingo, 7 de junho de 2009

"...é a dose mais forte e lenta de uma gente que rí quando deve chorar. e não vive, apenas aguenta"



Sei que agora deves estar com ela bem ao teu lado
Sei que agora não passo de um rabisco deste imenso retrato
Mas te peço que quando acabares com tudo, quando raiar o dia
E as velas apagarem pra ides embora
Lembra de mim.
Depois que vires e viveres a boa vida de um deus, a boa trama dos céus,
E gastares as forças para embebedar-te de alegria,

depois que descobrires a alegria, no cair do outro dia,

quando tudo está parado e igual,
Lembra de mim.
Mesmo distante e eu te esperando
Lembra de mim!
Nossas crianças, nossa Aliança,
Lembra de mim!
Fidelidade e fuga lado a lado
Como as caras desta moeda
Como as facetas destas idéias.
Lembra de mim?
E se quando ela te beijar, esqueceres de mim, não faz mal.
Se ao vires o meu retrato, se quando leres minhas cartas,

ou quando assistires àquele filme que um dia nunca vimos juntos,

se assim detestares pensar em mim, pelo menos tenho a certeza,

na mais triste das naturezas, no vazio de uma lembrança amarga...
Que lembras de mim.


Um comentário:

  1. Triste da felicidade pautada em migalhas. Triste de quem espalha migalhas de felicidade.

    Beijo, Minha Flor.

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