terça-feira, 12 de maio de 2009

“Voltei a cantar porque senti saudade”

Não pude dizer isso sem aspas porque um Chico disse antes, mas aqui posso citá-lo sem colocar ano e página.
Voltei a escrever porque senti saudade.
É fato conhecido de meus amigos o carinho que tenho pela palavra escrita. Carinho que fornecerá os ingredientes de vários textos por vir. E antes de iniciar mais essa aventura blogueira, tenho alguns débitos a comentar.
Devo minha distância desse mundo à minha preguiça e à prezada educação formal. Mas à última, também devo minha retomada da vontade de escrever. Não me conformo – ainda que entenda – com um fato: o lugar que mais nos faz escrever transforma esse ato em algo sacal. Para mim – essa expressão será implícita em todos os próximos textos - escrever é expressão de alta liberdade, concordam? Então o que fazemos na Academia é apenas esboçar, ou redigir.
Vejam bem, caros leitores, (prepotência de que haverá plural aqui) eu não preciso colocar a referência da música supracitada. Se você não conhece, não sabe o que está perdendo. Se a conhece, encontrará cada verso esparramado por aqui. Aí está uma grande falta da ciência para o escritor, ela não nos permite a ironia. O subentendido é escamoteado. Pobre dele! Entretanto não é novidade que na exclusão se faz ciência e vice-versa. Pergunto-me se a falta de espaço para o sarcasmo é por questões metodológicas ou por serem incapazes de entender mesmo. Eis que recorro à psicanálise porque ela sim, para a qual a ciência moderna olha suspeitamente, incorpora a ironia. Minha ignorância sobre o tema me faz parar por aqui.
Devo agradecer ao meu irmão, Breno, que está fazendo o layout do blog enquanto eu escrevo essa introdução.
Por último, devo agradecer meu retorno a minha amiga Raquel, que não faz idéia da importância que está tendo agora. A frase foi simples e, por isso, do meu tipo favorito: - você não é pesquisador, é literato!
Aguardo ansiosamente a companhia de vocês nessa empreitada de idéias contraditórias, textos de referencial duvidoso, súplicas arrogantes e inocência Romântica (e que saudade de falar desse erre maiúsculo!).
Yes, I can!

3 comentários:

  1. Yes, you can!

    Belo texto introdutório. Acho que é a primeira vez em que nosso ato de blogar é feito em concomitância. E será um deleite tê-lo de volta à literatura virtual. Um leitor, pelo menos, já tens garantido.

    Que essas linhas irritantemente bem-traçadas da escrita virtual ganhem um pouco mais de caos graças às tuas palavras.

    Grato pelos créditos ao layout. Reitero que fiquei com inveja dele... mas presente é presente.

    Aguardo ansioso por mais escritos.

    Beijo, Minha Flor.

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  2. Yes, you can! [2]

    Beiber que esta seja uma forma de destilar parte da sua ânsia literária, mas peço que guarde um pouco para seus textos produzidos dentro daquele calabouço frio e escuro no qual vc está metido.

    Ah, feliz por de alguma forma fazer parte disso. Meu barroquinho preferido \o/

    um abraço enorme

    da já leitora.

    Raquel

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  3. para deleite do autor, eis que a "prepotência de que haverá plural aqui" faz-se fato.
    é bonitinho ver energias canalizadas a algo útil. ainda mais quando a motivação para tal é a saudade. palavra bonita, essa.

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